terça-feira, 20 de outubro de 2009

"ESPECULAÇÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA"

CAPITAL ESTRANGEIRO
- Sempre se tem o temor do capital especulativo entrando sem fronteiras a todo vapor, quase que sem controle algum. Essa medida do Governo de taxar a entrada de capital estrangeiro no país deve ser considerada benéfica, principalmente para demonstrar que estamos atentos ao que acontece com o “mercado financeiro”, aliás, que nunca foi tão desastroso como da última “crise internacional-global”. Não podemos admitir tais atitudes de jogo (como se fosse aposta em cassinos) - a reação dos especuladores demonstrada pela queda das bolsas, dizem, que é exatamente o que acontece. A excessiva valorização do real frente ao dólar irá comprometer vários setores da economia nacional. A total liberdade dos estrangeiros não está somente relativo às bolsas de investimentos – deveremos verificar importante participação dos mesmos, nas compras de terras (Amazônia) nem sempre com objetivo na produção e sim também na especulação! (Mª M. Prybicz).

BOVESPA CAI MAIS DE 2% COM IMPOSTO SOBRE CAPITAL ESTRANGEIRO; DÓLAR SOBE.
- A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda acentuada no pregão desta terça-feira, no primeiro dia de cobrança de (IOF) para entrada de capital estrangeiro no País. Por volta das 12h31, o Ibovespa – principal índice da Bolsa paulista – recuava 2,36%, aos 65.654 pontos.
"É inevitável um ajuste negativo na abertura, mas depois o mercado pode vir a absorver essa taxação", disse o responsável pela mesa de Bolsa de uma corretora estrangeira. No curto prazo, a taxação de ingresso de capital externo na bolsa tende a ser uma ducha de água fria,
- Um dos grandes receios do mercado é de que o IOF de 2% na entrada de capital afete o apetite dos investidores estrangeiros pelas ofertas de ações que estão em para sair ou em andamento como Cetip, que começa hoje a aceitar os pedidos de reserva de ações, Cyrella, CCR e Brookfield. Segundo um analista, o IOF deve gerar uma nova discussão na precificação do book das ofertas públicas iniciais (IPOs, na sigla em inglês). "O IOF agora terá de ser considerado no preço. Os clientes vão pedir algum desconto", diz a fonte.
Dólar
- O mercado cambial também reage à medida do governo. Por volta das 12h23, a moeda norte-americana era cotada a R$ 1,743 para venda, em alta de 1,81% frente ao real.
- A decisão do governo de cobrar Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na entrada de capital estrangeiro para aplicações em renda fixa e variável, anunciada ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, entrou em vigor nesta terça-feira com a publicação de decreto presidencial no Diário Oficial da União.
- Como anunciou Mantega, o decreto impõe IOF de 2% "nas liquidações de operações de câmbio para ingresso de recursos no País, realizadas por investidor estrangeiro, para aplicação no mercado financeiro e de capitais".
FMI critica
- O diretor do Departamento de Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Nicolás Eyzaguirre, disse que a decisão do Brasil não pode servir como um pretexto para que o governo adie reformas fiscais e estruturais fundamentais. "Estes tipos de impostos oferecem algum espaço para manobra, mas não são muitos, então os governos não devem se sentir tentados a adiar outros ajustes fundamentais", afirmou Eyzaguirre, na segunda-feira durante uma entrevista coletiva na sede do FMI.
- As Bolsas de Nova York abriram sem direção comum hoje e passaram a cair, mesmo após a divulgação de diversos balanços melhores do que o esperado entre ontem e hoje. Os índices, no entanto, saíram de suas máximas após a queda maior que a esperada dos preços ao produtor, o aumento bem menor que o estimado do número de obras residenciais iniciadas e a inesperada queda do número de permissões para novas obras, todos referentes a setembro.
- Às 12h30 (de Brasília), o Dow Jones caía 0,36% e o Nasdaq perdia 0,30%.
Véspera
Na segunda-feira, o Ibovespa atingiu os 67.239 pontos, na maior pontuação desde 17 junho de 2008, quando estava em 68.437 pontos. Já o dólar teve a queda contida pela possibilidade de cobrança do IOF, que foi confirmada no fim do dia. A moeda norte-americana encerrou cotada a R$ 1,712 para venda, em alta de 0,29%.
Fonte: Ig. “On Line”
Ctba, 20/out/09
Prof.ª Mª M. Prybicz

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