sábado, 31 de outubro de 2009

"ECONOMIA BRASILEIRA RELATIVA AO CÂMBIO"

CÂMBIO BAIXO JÁ DERRUBA RESULTADO DAS GRANDES INDÚSTRIAS, SEGUNDO PESQUISA DO IEDI

No 3º tri , rentabilidade caiu de 16,4% em 2004 para 13,7%, o que implica menos lucro por venda.
- Os dados de um levantamento feito pelo IEDI, Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, junto a 24 indústrias de dez setores mostra os efeitos do câmbio sobre a queda de rentabilidade no terceiro trimestre em relação à igual período de 2004.
- A redução da rentabilidade sobre a receita líquida foi de 16,44% para 13,74%, na comparação entre trimestres em base anual, e de 7,44% para 5,99%, no retorno sobre o patrimônio líquido. Um outro dado importante é que, considerando a mesma base de comparação, enquanto a receita das empresas da amostragem cresceu, em média, 3,4%, o lucro líquido recuou 14,3%. Isto significa que as empresas lucraram muito menos por unidade vendida.
- O câmbio valorizado está na raiz desta mudança de resultados, já que cerca de 70% da amostra são empresas de segmentos cujas vendas competem com produtos importados ou têm parcela significativa de suas receitas oriunda de exportações. É o caso dos setores têxtil, papel e celulose, máquinas e equipamentos, siderurgia e calçados. A queda de rentabilidade pode ser atribuída à redução do dólar (ou valorização do real) de nada menos que 20,4% no terceiro trimestre contra igual período de 2004. A cotação média recuou de R$ 2,94 para R$ 2,34 entre estes trimestres.
Incertezas da valorização
- Valorização cambial forte como a atual estabelece um horizonte para uma futura desvalorização. Isso gera incertezas que afetam projetos de investimentos que exigem elevado volume de capital, principalmente se forem recursos externos. Com isso, os agentes empresariais têm uma tendência ao conservadorismo com relação a novos investimentos, sobretudo aqueles com maior alavancagem, o que concorre para deprimir os investimentos na economia.
- O dado positivo da pesquisa diz respeito ao endividamento, pois a desvalorização do dólar proporcionou condições para a redução das dívidas das empresas industriais. A taxa de endividamento sobre o capital próprio das empresas analisadas caiu de 27,01% em setembro de 2004 para 25,21% em setembro último.
Referências: Cidade BIZ – Economia Marketing & Negócios
Ctba, 31/out/09
Prof.ª Mª M. Prybicz

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