domingo, 31 de janeiro de 2016

AS PONTES QUE PRECISAMOS CONSTRUIR: POLÍTICAS E ECONÔMICAS!

Dois irmãos viviam harmoniosamente em duas fazendas vizinhas. Tinham  boa produção de grãos, algumas cabeças de gado e suínos bem tratados.
Certo dia, eles tiveram uma pequena discussão. As razões eram sem maior importância: uma vaquinha do irmão mais novo escapou e comeu um belo pedaço do milho do outro irmão mais velho. Discutiram alto e com certa irritação. A coisa parecia que tinha morrido aí mesmo.
Mas não foi bem assim. De repente, não se falavam mais. Evitam de se encontrar na bodega ou pelo caminho. Faziam-se de desconhecidos.
Mas eis que num belo dia, um carpinteiro apareceu na fazenda do irmão mais velho pedindo trabalho. O fazendeiro o olhou de cima abaixo e, meio com pena,  lhe disse: “está vendo aquele riacho ali em baixo? É a divisa entre a minha fazenda e a de meu irmão. Pegue toda aquela madeira que está no paiol, e construa uma cerca bem alta, para que eu não seja obrigado a ver o meu irmão, nem a fazenda dele. Assim ficarei em paz”.
O carpinteiro aceitou o serviço, pegou as ferramentas, e foi trabalhar. Nesse entretempo, o irmão que lhe  dera o trabalho, foi à cidade para resolver alguns negócios.
Quando voltou à fazenda, já no final do dia, ficou estarrecido com o que viu. O carpinteiro não havia feito cerca nenhuma, mas uma ponte que atravessava o  riacho e ligava as duas fazendas.
Eis senão quando, no meio da ponte, vinha o seu irmão mais novo dizendo: “Mano, depois de tudo que aconteceu entre nós, eu mal posso acreditar que  você fez essa ponte só para se encontrar comigo. Você tem razão, está na hora de acabar com a nossa desavença. Me dê aqui um abraço, mano”
E se abraçaram efusivamente e se reconciliaram. Irmão encontrou o outro irmão.
E aí viram que o carpinteiro estava indo  embora. Eles gritaram dizendo: ”Ei, carpinteiro, não vá embora, fique uns dias com a gente... Você nos trouxe tanta alegria”.
Mas ele respondeu: “Não posso, há outras pontes a construir pelo mundo afora. Há muitos que precisam ainda se reconciliar”. E foi caminhando, serenamente, até desaparecer na curva da estrada.
O mundo e nosso país precisam de pontes e de pessoas-carpinteiro que generosamente, relativizam as desavenças, e constroem pontes para que possamos conviver para além dos conflitos e diferenças, inerentes à incompletude humana. Temos sempre que aprender e reaprender a tratarmo-nos fraternalmente.
Talvez este seja um dos imperativos éticos e humanitários mais urgentes no atual momento histórico. 
FOnte:JB
Ctba, 31/jan/16
Maria Prybicz

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

O GOVERNO SINALIZA INVESTIMENTOS DIVERSOS!
Para impulsionar a produção e recuperar o crescimento, o governo anunciou nesta quinta-feira (28) medidas de estímulo ao crédito que injetarão R$ 83 bilhões na economia. Algumas ações de estímulo foram anunciadas mais cedo pela presidente Dilma Rousseff, no encerramento da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão.
A medida que, segundo o governo, terá mais impacto sobre a economia é a agilização da aplicação dos recursos do Fundo de Infraestrutura do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) em empreendimentos da área e a simplificação da emissão de debêntures de infraestrutura, que liberará até R$ 22 bilhões. Essa medida, no entanto, necessita de aprovação do Congresso Nacional.
1 / 27
Em segundo lugar, está a autorização para que parte da multa rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), paga em demissões sem justa causa, possa ser usada como garantia para o crédito consignado – com desconto das parcelas diretamente no salário – por trabalhadores do setor privado. A expectativa do governo é que a medida resulte na injeção de R$ 17 bilhões em crédito.
Em seguida, vem a abertura da linha de crédito para refinanciar as prestações do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e do Programa de Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame), que deverá resultar em empréstimos de R$ 15 bilhões.
O governo também anunciou o reforço da concessão de crédito por bancos públicos com taxas menores que as de mercado. Os principais setores beneficiados serão as micro e pequenas empresas, a construção civil, os exportadores e o agronegócio.
A retomada da linha de pré-custeio agrícola do Banco do Brasil deverá injetar mais R$ 10 bilhões e a aplicação de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em Certificados de Recebíveis Imobiliários deverá impulsionar o crédito habitacional também em R$ 10 bilhões.
A reabertura da linha do BNDES para financiar capital de giro de empresas com garantia do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) e com redução das taxas de juros deverá resultar na liberação de mais R$ 5 bilhões. Por fim, o aumento do prazo máximo de pagamento e a redução da taxa de juros da linha de pré-embarque de produtos exportados injetará R$ 4 bilhões.
Segundo o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, as medidas não resultarão em custo para o governo porque os financiamentos terão taxas de mercado e o governo está apenas simplificando procedimentos e reduzindo riscos, o que ajuda o próprio mercado a reduzir as taxas de juros. “Em relação ao crédito, a maior parte das iniciativas são administrativas. Sem gerar custo adicional para os contribuintes brasileiros. Queremos usar melhor os recursos disponíveis”, declarou.
Com 47 empresários e 45 representantes da sociedade civil e das centrais sindicais, o Conselhão é um fórum de discussão sobre medidas a serem adotadas para recuperar o crescimento econômico. Depois de um ano e meio sem reuniões, o colegiado foi reativado recentemente pela presidenta Dilma. Segundo o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, deverão ser feitas quatro reuniões no ano. A próxima será em abril.
Fonte: JB
CTba, 29/jan/16
Maria Prybicz

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

BRASIL ESTÁ À VENDA! 
ESTÃO APOSTANDO A LONGO PRAZO...
No ano passado, o número de aquisições de empresas brasileiras por estrangeiros superou o de transações por investimentos nacionais, segundo pesquisa da consultoria KPMG. Em contrapartida, 2015 foi marcado por uma queda de 5,5% nas transações de fusões e aquisições no Brasil, comparado ao ano anterior. “O atual cenário econômico e a consequente desvalorização do real perante as principais moedas estrangeiras podem ter acelerado a entrada e expansão das empresas internacionais no Brasil devido à redução das empresas locais, apesar da piora das expectativas de crescimento e do risco país”, explica Luis Motta, sócio da KPMG.
Em 2015, foram realizados 773 fusões e aquisições no país, das quais 296 foram operações de estrangeiros comprando empresas localizadas no país. Se somadas às 102 transações realizadas entre estrangeiros, envolvendo companhias brasileiras, pela primeira vez na série histórica da KPMG (que é realizada desde 2003), mais investidores de fora atuaram como compradores no Brasil.
Os setores da economia brasileira que apresentaram maior número de transações foram Tecnologia da Informação (121 transações), empresas de Internet (70 transações) e Alimentos, Bebidas e Tabaco (65 transações).
Gollo, compras como essas por companhias estrangeiras continuarão aumentando e a tendência é que a diferença entre operações nacionais e estrangeiras também suba. “As consultas sobre operações estão aumentando e agora basicamente o fator que atrai é o dólar”, explica. Esse incentivo deve seguir por um tempo, segundo especialistas do mercado, que a acreditam que a moeda norte-americana continuará no patamar dos 4 reais. Nesta quarta-feira, o dólar era cotado a mais de 4,10 reais. O valor é o maior desde setembro.A venda da divisão de cosméticos da Hypermarcas, dona de linhas como Bozzano, Monange, Risqué e Biocolor, para a multinacional Coty, por 3,8 bilhões de reais foi uma das mais significativas, na opinião de Rogério Gollo sócio da PwC Brasil e especialista da área de fusões e aquisições. A estratégia da empresa foi reduzir seu endividamento e se concentrar na área farmacêutica.
“Esse movimento de aquisições por estrangeiros é positivo, pois há uma entrada de recurso de forma permanente, não é como um título financeiro, é para operar no país. E quem vende pode investir ou fazer aplicações no Brasil, é o tipo do investimento que o país precisa”.
Os investidores com mais apetite e que querem aproveitar este Brasil barato são principalmente os dos setores de TI, alimentício e parte do varejo, explica Gollo. Em termos de quantidade de operações, os três países que mais tem investido no país são os Estados Unidos e o Reino Unido. "Os chineses têm força, mas fazem operações em setores específicos como o de infraestrutura", diz Rogério Gollo.

Avanço chinês

Uma das maiores transações do ano passado se deu no setor elétrico. Os chineses da China Three Gorges arremataram as concessões das usinas hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira, por 13,8 bilhões de reais, na esteira do encontro da presidenta Dilma Rousseff  e do primeiro-ministro chinês, Li Kiqiang, no ano passado. Outra operação importante aconteceu em novembro, quando o grupo chinês NHA oficializou a aquisição de 23,7% da companhia aérea Azul, em uma transação de 1,7 bilhão de reais.
O embaixador Luiz Augusto de Castro, presidente do Conselho Empresarial Brasil-China, também concorda que, apesar da recessão, há uma tendência de compra de ativos brasileiros. “O Brasil é uma economia importante, um grande mercado. A crise espanta investidores que pensam em um prazo relativamente curto. Porém, quem tem uma visão mais estratégica, que pensa em resultados em 10 anos, quer comprar agora. Sabe que a recessão vai passar”, afirma.
No caso da China, a investida no Brasil vai além dos preços mais baixos dos ativos. A estratégia é exportar capitais para fora em um momento de transição de modelo econômico. “Mas essa mudança, que terá como mais ênfase o mercado interno, ainda vai demorar um pouco. A economia chinesa cresceu imensamente baseada em exportações e nesse momento está com uma grande capacidade ociosa, com excedente de capital e não tem em que investir. Já o Brasil está carecendo de investimentos de infraestrutura, o que lhes interessa”, explica.
Os investidores chineses agora também devem estrear na área de rodovias no Brasil. De acordo com o Valor Econômico, eles estão em negociações adiantadas para adquirir a BR-153, no trecho entre Anápolis (GO) e Palmas (TO), concedida à Galvão Engenharia, envolvida na Operação Lava Jato, que nunca iniciou as obras da rodovia.

Eólicas

O discurso é semelhante em outros setores e com capital de origem variada. Neste mês, a Cubico Sustainaible Investiments, empresa que tem o banco espanhol Santander e fundos canadenses como acionistas, anunciou a compra de dois complexos eólicos por cerca de R$ 2 bilhões (incluindo dívidas) da desenvolvedora brasileira Casa dos Ventos. Os empreendimentos ficam no Nordeste. O chefe da Cubico para o Brasil, Eduardo Klepacz, foi claro, segundo a Reuters, ao destacar a força financeira da companhia será "um diferencial" no atual momento do mercado brasileiro de energia elétrica, em que as empresas sofrem com dificuldades para captar recursos"Estamos fazendo uma aposta de longo prazo", disse.
Fonte: El país
Ctba, 21/jan/16
Maria Prybicz

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

DESEMPREGO E PERDA DE CAPITAL HUMANO!

- "O desemprego é o maior mal que corrói qualquer sociedade. Cada vez que um indivíduo que pode e quer trabalhar não encontra um emprego, sente-se excluído. A situação é ainda mais grave quando o desemprego se prolonga e ele perde o "capital humano" que incorporou no simples ato de trabalhar: vai-se com o tempo a sua expertise, superada pelo avanço tecnológico. No fim do dia, perdeu um pedaço da sua identidade e destruiu a sua família."
(Delfim Neto)
- O País perde como um todo a sua sustentabilidade contemporânea, todos são prejudicados em "Efeito Dominó" ocorre reação em cadeia mas, para baixo (down) a tecnologia é perdida e novamente o ciclo se reinicia mas com um custo muito mais alto! Investimentos em educação serão necessários e principalmente os jovens serão atingidos com hiato que não se recupera!

Ctba, 20/JAN/16
Maria Prybicz




terça-feira, 19 de janeiro de 2016

CAPITALISMO IMPERFEITO!
O capitalismo não é perfeito e a economia livre não é o paraíso. Entretanto, o desafio de empreender, criar riquezas, gerar empregos e melhorar a vida da população depende de trabalho duro, boa educação básica, qualificação profissional e sacrifício de toda a sociedade. A principal missão do governo nesse campo é fazer o possível para a manutenção da confiança nas instituições, estimular a iniciativa empresarial, não atrapalhar quem quer produzir, garantir a estabilidade da moeda, manter as contas do governo sob controle e contribuir com a distribuição de renda.

O sonho de todo governante dito de esquerda e, principalmente, dos órfãos do comunismo é descobrir alguma alternativa milagrosa de gestão da economia a fim de conseguir crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), baixo desemprego e baixa inflação. O resultado das invenções de política econômica, em geral, é a deformação dos motores do capitalismo, excesso de intervenção estatal, desequilíbrio de contas públicas, excessivo endividamento governamental, crise de confiança, desestímulo à iniciativa empreendedora e piora das condições sociais.

Desistir de inventar medidas que já provaram ser ineficientes para promover o crescimento; só assim o Brasil poderia abreviar o tempo de recessão. 

Mas a América Latina prova que os governos esquerdistas saudosistas do socialismo falido não desistem de tentar caminhos errados que sempre lançam a economia de seus países no caos. Aconteceu com a Argentina, com a Venezuela e, agora, com o Brasil. A população desses países, cansada do atraso, vem impondo derrotas eleitorais a esses governos, como ocorreu recentemente na Argentina e na Venezuela.

O desafio do ministro da Fazenda é complicado porque ele tem de desfazer o emaranhado de leis, políticas e medidas que ajudaram a provocar o caos, além da necessidade de encaminhar algumas reformas – a fiscal, a trabalhista, a tributária e a da previdência social. Há medidas que dependem apenas do Poder Executivo e estão nas mãos do ministro e da presidente da República.

O governo pode implementá-las para começar a reverter o quadro de desconfiança e desestímulo aos investimentos. 

Quanto às reformas estruturais, embora elas não possam ser aprovadas em prazo curto, o simples ato de elaborá-las e encaminhar ao Congresso poderia ajudar a criar um ambiente favorável à retomada dos negócios e investimentos produtivos.

Mas, para isso, é imprescindível sair do campo do discurso e das boas intenções e passar para a ação.

Fonte: GP
Ctba,19/jan16
Maria Prybicz

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A INDÚSTRIA TURÍSTICA!

A atração de turistas ao país costumava ser citada pelo então ministro de Fazenda Joaquim Levy como uma das receitas de curto prazo que poderia ajudar o Brasil a curar as feridas da crise. Em novembro, em um evento com empresários no Rio de Janeiro, Levy afirmou que o turismo, “em três o quatro anos”, iria ter uma “influência significativa” nas receitas da União. “O turismo pode ser um fator de crescimento a relativo curto prazo. Temos que ver como substituir a capacidade de importações. Temos que dar uma resposta rápida”, disse na ocasião sobre um setor que movimentou quase 500 bilhões de reais em 2014, segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo. É 9,6% do Produto Interno Bruto.
Fonte: El país
Ctba, 18/jan/16
Maria Prybicz
A DESIGUALDADE  SOCIAL NÃO PRECISA SER TÃO GRANDE!
Até que ponto é preciso que os ricos sejam tão ricos? Não é uma pergunta fútil. É possível dizer que, no fundo, é em torno disso que gira a política nos Estados Unidos. Os progressistas querem aumentar os impostos sobre a renda mais alta e usar o que for arrecadado para reforçar a rede de seguridade social; os conservadores querem fazer o contrário e afirmam que as políticas que atingem os ricos são prejudiciais a todos, ao reduzir os incentivos para a criação de riqueza.
A história recente não ajuda muito a posição conservadora. O presidente Barack Obama aumentou consideravelmente os impostos para as faixas mais altas, e sua reforma da saúde representa a maior ampliação do Estado de bem-estar social desde Lyndon B. Johnson (presidente dos EUA de 1963 a 1969). Os conservadores previram um desastre inevitável, como tinham feito quando Bill Clinton elevou os impostos sobre o 1% de maior renda. Só que Obama acabou sendo responsável pela maior criação de empregos desde a década de 1990. Apesar disso, existe alguma razão, numa perspectiva mais ampla, para justificar uma grande desigualdade?
Não vai ser surpresa para você ouvir que muitos membros da elite econômica acham que há. Também não vão estranhar se eu disser que não concordo, que acredito que a economia pode prosperar com muito menos concentração de renda e de riqueza na ponta da pirâmide econômica. Mas por que creio nisso?
Parece-me útil refletir sobre isso recorrendo a três modelos que explicariam a origem da desigualdade extrema, já que a economia real toma elementos dos três.
Em primeiro lugar, uma enorme desigualdade poderia ser explicada pela existência de grandes diferenças de produtividade entre alguns indivíduos e outros: algumas pessoas são capazes de dar uma contribuição centenas ou milhares de vezes superior à média. Essa é a opinião manifestada num ensaio recente muito citado, cujo autor é o investidor de capital de risco Paul Graham, muito popular no Vale do Silício (ou seja, entre pessoas que ganham centenas ou milhares de vezes mais que os trabalhadores comuns).
Em segundo lugar, uma grande desigualdade poderia se dever em especial à sorte. No clássico do cinema O Tesouro de Sierra Madre, um velho garimpeiro de ouro explica que esse metal vale tanto —e quem o encontra fica rico— graças ao trabalho de todos que foram em busca de ouro sem encontrá-lo. De forma semelhante, poderíamos ter uma economia na qual quem fica com o grande prêmio não é necessariamente quem tem a melhor preparação ou trabalha mais, e sim quem tem a sorte de estar no lugar certo no momento certo.
Em terceiro lugar, a causa das grandes desigualdades poderia ser o poder: os executivos das grandes empresas que podem determinar sua própria remuneração, os espertalhões das finanças que ficam ricos com informação privilegiada ou recebendo honorários injustos de investidores ingênuos.
Como já disse, a economia real tem elementos dessas três histórias. Seria estupidez negar que algumas pessoas sejam, de fato, muito mais produtivas que a média. Mas seria estupidez também negar que um grande sucesso nos negócios (na verdade, também em qualquer outra coisa) dependa bastante da sorte; não só a sorte de ser o primeiro a ter uma ideia ou estratégia muito rentável, mas também de ter nascido na família certa.
E claro que o poder também é um fator importante. Lendo alguém como Graham, é possível imaginar que os ricos dos Estados Unidos sejam, na maioria, empreendedores. Na verdade, o 0,1% mais rico é composto principalmente por executivos. E embora alguns deles tenham amealhado sua fortuna embarcando em operações arriscadas, o mais provável é que a maioria tenha chegado lá subindo uma sólida escada empresarial. E o aumento da renda dos que estão acima de todos é reflexo dos estratosféricos salários dos executivos, não de prêmios à inovação.
Mas, em todo caso, a pergunta interessante é se podemos redistribuir uma parte da renda que atualmente vai parar nas elites minoritárias, destinando-a a outros fins sem anestesiar o progresso econômico.
Não venham dizer que a redistribuição é um mal por si só. Mesmo que a renda elevada fosse um reflexo perfeito da produtividade, os resultados do mercado não equivaleriam a uma justificativa moral. E, visto que a riqueza costuma ser reflexo da sorte ou do poder, há muitos argumentos a favor de que parte dessa riqueza seja recolhida na forma de impostos e usada para fortalecer a sociedade como um todo, desde que não sejam destruídos os incentivos para continuar criando mais riqueza.
E não há motivos para pensar que eles seriam destruídos. Se olharmos para trás, os Estados Unidos alcançaram seu crescimento e seu progresso tecnológico mais rápidos durante as décadas de 1950 e 1960, embora os impostos fossem muito mais altos e a desigualdade, muito menor que hoje em dia.
No mundo atual, os países com impostos elevados e pouca desigualdade, como a Suécia, são também muito inovadores e têm muitas empresas criadas recentemente. Isso pode ser devido, em parte, ao fato de uma rede de seguridade social sólida incentivar que se assumam riscos: as pessoas se dispõem a procurar ouro, mesmo que o sucesso da empreitada não as deixe tão ricas quanto antes, quando sabem que não vão morrer de fome caso voltem de mãos vazias.
Enfim, voltando à minha pergunta inicial, não, os ricos não precisam ser tão ricos como são. A desigualdade é inevitável; a desigualdade extrema que existe hoje nos Estados Unidos não é.
Fonte:El ´país
Ctba, 18/jan/16
Maria Prybicz

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

AS SUFRAGISTAS!

AS LUTAS DAS MULHERES POR RECONHECIMENTOS E PELO DIREITO DE VOTAR!

Em que pese o fato de as primeiras feministas terem encontrado nos ideais democráticos de inspiração iluminista – igualdade eliberdade, representados mais diretamente pelo direito à participação na vida política e por leis que promovam uma justiça mais equânime – o campo propício para suas reivindicações, o cerne das referências filosóficas que embasam os ideais democráticos – representadas por pensadores como John LockeJean-Jacques Rousseau e Jeremy Bentham – estava já impregnado de conceitos que excluíam a mulher de uma participação mais ativa na condução da sociedade. Um forte exemplo disso é o direito ao voto, que já na Grécia Antiga, em pleno nascedouro da democracia ateniense, era vetado para as mulheres.

A luta pelo voto feminino foi sempre o primeiro passo a ser alcançado no horizonte das feministas da era pós-Revolução Industrial. As "suffragettes" (em portuguêssufragistas), primeiras ativistas do feminismo no século XIX, eram assim conhecidas justamente por terem iniciado um movimento no Reino Unido a favor da concessão, às mulheres, do direito ao voto. O seu início deu-se em 1897, com a fundação da União Nacional pelo Sufrágio Feminino por Millicent Fawcett (1847-1929), uma educadora britânica. O movimento das sufragistas, que inicialmente era pacífico, questionava o fato de as mulheres do final daquele século serem consideradas capazes de assumir postos de importância na sociedade inglesa como, por exemplo, o corpo diretivo das escolas e o trabalho de educadoras em geral, mas serem vistas com desconfiança como possíveis eleitoras. As leis do Reino Unido eram, afinal, aplicáveis às mulheres, mas elas não eram consultadas ou convidadas a participar de seu processo de elaboração.

O movimento feminino ganhou, então, as ruas e suas ativistas passaram então a ser conhecidas pela sociedade em geral pelo (à época, ofensivo) epíteto de "sufragistas", sobretudo aquelas vinculadas à União Social e Política das Mulheres (Women's Social and Political Union - WSPU) movimento que pretendeu revelar o sexismo institucional na sociedade britânica, fundado por Emmeline Pankhurst (1858-1928). Após ser detida repetidas vezes com base na lei "Cat and Mouse", por infrações triviais, inspirou membros do grupo a fazer greves de fome. Ao serem alimentadas à força e ficarem doentes, chamaram a atenção da opinião pública pela brutalidade do sistema legal na época e também divulgaram a sua causa. Ela foi uma militante que imprimiu um estilo mais enérgico ao movimento, o qual culminou com situações de confronto entre sufragistas e policiais e, finalmente, com a morte de uma manifestante, Emily Wilding Davison (1872-1913), que se atirou à frente do cavalo do rei da Inglaterra no célebre Derby de 1913, tornando-se a primeira mártir do movimento.
Mesmo que tenha causado grande comoção o movimento pelo voto feminino na Inglaterra da década de 1910, as ações de protesto empreendidas pelas sufragistas, contudo, apenas vieram a obter um parcial sucesso com a aprovação do Representation of the People Act de 1918, o qual estabeleceu o voto feminino no Reino Unido – em grande parte, dizem alguns historiadores, motivado pela atuação do movimento das sufragistas na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), já que as sufragistas deixaram as ruas e assumiram importante papel nos esforços de guerra.
Fonte: Wikipédia
CTba, 13/jan/15
Maria Prybicz

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

UM FUTURO BRILHANTE!
Quero ver mais estudantes se apropriando das suas escolas e provocando a reconstrução de uma educação mais justa, igual e para todas(os). Que sejamos mais éticos, amigos, mais comprometidos, menos refratários a ouvir o outro, mais sorridentes, mais atentos, mais esperançosos, mais alertas, mais vigilantes e mais cuidadosos com nossas escolhas. 
Que possamos prestar um pouquinho de atenção nestas muito convenientes palavras de Charles Chaplin, "Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar avida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia,  porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é "muito" para ser insignificante".
Fonte: JB
Ctba, 06/jan/2016
Maria Prybicz

sábado, 2 de janeiro de 2016

Quem sou eu

Minha foto
Economista/Professora/Escritora de Blog e outros; Disciplina: Gestão de Negócios; - Autonomia em Consultorias em Geral.