terça-feira, 29 de agosto de 2017

EMPOBRECIMENTO DA POPULAÇÃO EM PROVEITO DOS BANCOS!
Happy days are back...

Está surgindo nos últimos meses de 2017 um conjunto de estudos a respeito de como se perdeu a oportunidade. A crise poderia ter gerado uma volta a uma certa regulação ao ordenamento do sistema financeiro. O que aconteceu é que, de um lado, essa bolha financeira gerada pelos grandes bancos teve seu buraco compensado com dinheiro público – cerca de 4 trilhões de dólares nos Estados Unidos e outros tantos na Europa – que normalmente seria destinado a investimentos em infraestrutura, políticas sociais, saúde, educação e outras do gênero, mas foi desviado para bancos. Esse cenário possibilitou a criação da política de austeridade, que promove um empobrecimento da população em proveito dos bancos.

Nesse movimento se geraram tensões políticas, mas apenas embriões de uma possível volta a uma política de regulação. Nos Estados Unidos, se negociou a lei Dodd-Frank, que substitui a lei que assegurou a estabilidade financeira durante 30 anos no pós-guerra, a Glass Steagall. Logo no início da crise em 2008, se avançou com essa regulamentação, e assim que os bancos voltaram a ter os bolsos cheios e a situação se tranquilizou, com as populações aceitando a tal da austeridade, começaram a liquidar a lei Dodd-Frank e se voltou ao sistema de caos financeiro de hoje. Saiu essa semana um estudo sobre fraudes financeiras dos grandes bancos, como as praticadas pelo Bank of America. As multas que eles têm que pagar por fraudes e atos do gênero chegam a 340 bilhões de dólares. Esse é o nível da fraude. Estão se sentindo à vontade de novo, eles mesmo dizem: “happy days are back”.

Brasil, o país já tinha liquidado a regulação financeira que estava no artigo 192 da Constituição Federal de 1988 e limitava os juros e os processos especulativos. Esse artigo foi liquidado por meio de uma PEC em 1999 e uma emenda constitucional em 2003. Não se aproveitou a oportunidade de por ordem no sistema.

Esse crime só compensa, como gera um poder suficientemente grande para que esses processos se tornem legais. Por exemplo, de toda essa gente que criou esse caos a partir de 2008, ninguém foi preso. Eles são fortes o bastante para criar um sistema jurídico paralelo, com acordos pelos quais as empresas pagam uma multa para a qual já fizeram provisão. Sabem que estão fazendo errado, pagam, mas não obrigados a reconhecer culpa. Ninguém é preso. Pagam a multa e continuam no mesmo processo. No nível mundial, temos o Bank of America, o Deutsche Bank, o Barclays, Morgan, todos os grandes bancos estão nesse processo. Eles têm força para dobrar a legalidade.
Por Ladislau Dawbor

Ctba, 29/ago/17
Maria Prybicz

sábado, 26 de agosto de 2017

DESIGUALDADES ECONOMICAS, CULTURAIS E IDEOLÓGICAS!

Somos analfabetos políticos e a primeira lição é ter vergonha na cara diante das desigualdades. Existe vida digna muito além dos Jardins, meu caro comandante da Rota, se é que o sr. me entende.
(Xico Sá)

Ctba, 26/ago/17
Maria Prybicz

segunda-feira, 14 de agosto de 2017


A NATUREZA E A ECONOMIA!

Na verdade, a “Sobrecarga da Terra” resulta do tipo de economia delapidadora  das “bondades da natureza” como falam os andinos, desflorestando, poluindo águas e solos, empobrecendo ecossistemas e erodindo a biodiversidade. Esses efeitos são considerados “externalidades” que não afetam o lucro e não entram na contabilidade empresarial. Mas afetam a vida presente e futura.

O eco-economista Ladislau Dowbor da PUC-SP em seu livro “Democracia econômica”(Vozes 2008) em claras palavras resume o problema em tela:”Parece bastante absurdo mas o essencial da teoria econômica com a qual trabalhamos não considera a descapitalização do planeta. Na prática, em economia doméstica, seria como se sobrevivêssemos vendendo os móveis, a prata da casa, e achássemos que com este dinheiro a vida está boa, e que portanto estaríamos administrando bem a nossa casa. Estamos destruindo o solo, a água, a vida nos mares, a cobertura vegetal, as reservas de petróleo, a cobertura de ozônio, o próprio clima, mas o que contabilizamos é apenas a taxa de crescimento”(p.123).

Tememos que, nossos descendentes, olhando para trás, acabem nos amaldiçoando: “vocês não pensaram nos seus filhos, netos e bisnetos; não souberam poupar e desenvolver um consumo sóbrio e frugal para que da Terra restasse algo de bom para nós, mas não só para nós, mas também para todos os seres vivos que precisam daquilo que nós precisamos”? Isso nos faz lembrar as palavras do indígena Seatle:”Se todos os animais se acabassem, o ser humano morreria de solidão de espírito, porque tudo o que acontece  aos animais, logo acontecerá também com o ser humano pois, tudo está inter-relacionado.” por Leonardo Boff

Ctba, 14/ago/17
Maria Prybicz 

sábado, 5 de agosto de 2017

E

OS MODERNOS E ANTI-ECONÔMICOS EQUITATIVOS, ALI BABÁS E OS 40 LADRÕES!

As classes oligárquicas (Jessé Souza, ex-presidente exonerado do IPEA pelo atual Presidente) nos dá o número exato:71.440 de super milionários, cuja renda mensal, geralmente pela financeirização da economia, alcança 600 mil reais por mês, nunca aceitarem que alguém vindo do andar de baixo e representante dos sobreviventes da histórica tribulação dos filhos e filhas da pobreza, chegasse a ocupar o centro do poder. Ficaram assustadas com a presença deles nos aeroportos e nos shoppings centers, lugares de sua exclusividade. Deviam ser devolvidos ao lugar de onde nunca deveriam ter saído: a periferia e a favela. Não apenas os querem distantes de seus espaços. Vão mais longe: odeiam-nos, humilham-nos e difundem este desumano sentimento por todos os meios. Não é povo que odeia,  confirma-o Jessé Souza, mas esses endinheirados que  os exploram e com tristeza e por obrigação legal lhes pagam os miseráveis salários. Por que pagar, sem sempre trabalharam de graça como antigamente?

Desta vez, o palácio do Planalto se transformou no covil-mor do grande Ali-Babá que a céu aberto distribuía benesses, prometia subsídios aos milhões ou mesmo oferecia outros benefícios para comprar votos a seu favor.  Só esse fato mereceria uma investigação de corrupção aberta e escandalosa aos olhos dos que guardam um mínimo de ética e de decência, especialmente de gente do povo que ficou profundamente estarrecida e envergonhada.

Historiadores do nível de José Honório Rodrigues, entre outros, têm mostrado que sempre que os descendentes e atualizadores da Casa Grande percebem que políticas sociais transformadoras das condições de vida dos pobres e marginalizados, dão um golpe de estado por medo de perderem o nível escandaloso de sua acumulação, considerada uma das mais altas do mundo. Não defendem direitos para todos, mas privilégios de alguns, quer dizer, deles. O atual golpe obedece à mesma lógica.

Há muito desalento e tristeza no país. Mas este padecimento não será em vão. É uma noite que nos vai trazer uma aurora de esperança de que vamos ultrapassar essa crise rumo a uma sociedade, no dizer de Paulo Freire, “menos malvada” e onde “não seja tão difícil o amor”. Por Leonardo Boff

Ctba, 05/ago/17
Maria Prybicz

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Economista/Professora/Escritora de Blog e outros; Disciplina: Gestão de Negócios; - Autonomia em Consultorias em Geral.