sexta-feira, 24 de junho de 2016

Phil Collins (Take A Look At Me Now) legendado

segunda-feira, 20 de junho de 2016

ECONOMIA POPULAR DIFERENCIADA NAS RESIDÊNCIAS!

Já pensou instalar uma turbina eólica no quintal de casa? A geração de energia eólica na cidade já é realidade e promete, nas próximas décadas, conquistar um mercado ainda tímido.
Até hoje, a baixa procura por sistemas de pequeno e médio portes, aliada à necessidade de importar a parte elétrica das estruturas, encareceu a tecnologia e limitou a expansão dos aerogeradores domésticos no Brasil. Contudo, esse cenário começa a mudar. De olho num mercado promissor, empresas estão se esforçando para desenvolver equipamentos capazes de aproveitar os ventos fracos e irregulares das cidades.
A Enersud, do Rio de Janeiro, foi a primeira brasileira a produzir aerogeradores para uso urbano. Diferente do modelo tradicional com pás – bastante utilizado e vantajoso em fazendas eólicas – a proposta da carioca foi criar turbinas menores, silenciosas e cujas hélices giram em torno do mesmo eixo, mas de modo vertical.
A característica permite o aproveitamento de ventos oscilantes e foi resultado, em 2010, de uma parceria com a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e Ampla, concessionária de energia da região.
“Ela pode ser instalada em telhados de casas a topos de grandes edifícios. Porém, quanto maior a altitude, melhor o desempenho”, explica Silvia Azevedo, diretora da Enersud. Para ela, o mercado soma condições para crescer, amparado pela expansão das tecnologias renováveis no país. “84% da população brasileira vive nas cidades. Com os incentivos da Aneel para mini e microgeração distribuída, a demanda deve crescer”, opina.


Desde 2014, quando as estruturas urbanas começaram a ser comercializadas pela companhia, 62 unidades foram vendidas no Brasil. Até agora, instituições de ensino e pesquisa fizeram a maior parte dos pedidos, mas o interesse das construtoras também aumentou. “É um investimento que valoriza o imóvel e não pesa tanto, por ficar diluído no financiamento”, diz Silvia.


Em locais com menos ventos, os aerogeradores domésticos custam mais. “Em regiões em que o vento atinge velocidades de seis a oito metros por segundo, por exemplo, em torno de 100 a 200 quilowatts/hora costumam ser gerados. O mesmo sistema no Nordeste, onde os ventos são praticamente ininterruptos, a mesma estrutura produz quase o dobro de energia, com índices próximos a 350 quilowatts/hora”, compara Maurício Cardoso Arouca, professor de Planejamento Energético da UFRJ.
Em locais em que os ventos são mais fracos, com média de quatro metros por segundo, por exemplo, o desempenho pode cair para 62 quilowatts/mês. Nesse caso, a produção alimentaria apenas algumas poucas lâmpadas, um televisor e um refrigerador. “Isso eleva o tempo de retorno do investimento. Quanto menor o volume de vento, menor a economia conquistada”, resume o professor.
Custo da tecnologia deve cair com ganho de escala
Dependendo da potência, os preços dos aerogeradores urbanos costumam variar de R$ 26 mil a R$ 40 mil. Na medida em que o mercado ganhar escala – como já acontece hoje com o setor fotovoltaico – os custos devem diminuir.
No Brasil, ainda são poucas as companhias que desenvolvem e comercializam opções para uso doméstico. Além do Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará têm empresas que atuam no setor. No Paraná, a Mirano – que acaba de firmar sociedade com a Enersud – e a ZM Bombas, de Maringá, produzem e vendem opções de turbinas domésticas.

Laboratório

Recentemente, a ZM fechou negócio com o Grupo Positivo, que adquiriu um aerogerador com potência instalada de 3 quilowatts. Ele alcança 12 metros de altura e está sendo instalado no campus da Universidade Positivo (UP). Julio Omori, professor do curso de Engenharia de Energia diz que a novidade deve reduzir a conta de luz em até 3%. Dentro de um mês, o sistema conectado à rede elétrica começa a funcionar.
“Nossa intenção também é gerar economia, mas, muito mais, incentivar a pesquisa do setor renovável nos cursos de graduação e pós-graduação da UP”. Entre este e o próximo ano, no mesmo local, o grupo prevê instalar outras estruturas, como um biodigestor de pequeno porte, uma pequena usina hidráulica e duas estruturas movidas à energia solar.
Fonte:GP
Ctba, 20/jun/16
Maria Prybicz

sexta-feira, 17 de junho de 2016

ECONOMIA TRUNCADA!
A Receita Federal montou uma força-tarefa com a elite dos auditores fiscais do País para investigar fraudes tributárias praticadas pelas empresas que foram contempladas pela desoneração da folha de pagamentos, benefício que já custou aos cofres do Tesouro Nacional uma renúncia fiscal de R$ 63,43 bilhões até fevereiro deste ano. Para a Receita, a complexidade do modelo de desoneração da folha criado no País abriu brechas para a sonegação fiscal.
“É difícil de ser apurado pelo contribuinte, difícil de ser controlado pela Receita e suscetível a fraudes”, disse o subsecretário de Fiscalização da Receita, Iágaro Jung Martins.
Receita montou força-tarefa para investigar fraudes

Na primeira grande operação de fiscalização desde que a desoneração começou, em 2012, foi identificado que um número significativo de empresas tem inflado a base de produtos e serviços desonerados para reduzir o valor devido de contribuição previdenciária.
Fiscalização-piloto em 274 empresas do setor de construção civil apontou indícios de sonegação previdenciária de R$ 1,078 bilhão em 2.259 obras grandes e médias. Em outras 176 empresas de vários setores, há processos de fiscalização em andamento com potencial para auto de infração no valor de R$ 1,145 bilhão, segundo Martins.
O subsecretário informou que os auditores estão refinando os dados de outras 624 empresas, que informaram compensações indevidas. Nesse grupo, as autuações (imposto devido, multa) podem chegar a R$ 5,199 bilhões.
Alíquota. As empresas que são desoneradas deixam de pagar 20% de contribuição previdenciária sobre a folha de salários e, em troca, recolhem uma alíquota sobre o faturamento. A medida beneficiou, principalmente, empresas que precisam de grande mão de obra.
No ano passado, o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy atacou o modelo de desoneração da folha criado pela gestão de Guido Mantega nos primeiros anos do governo Dilma Rousseff. Levy propôs um aumento das alíquotas para as empresas, mas o Congresso fez modificações nas propostas que abrandaram os seus efeitos.
Estudo preparado pela equipe de Levy mostrou que a política de desoneração custou mais aos cofres públicos do que os empregos mantidos ou gerados. A política foi criada em 2011 e expandida para 67 setores de forma permanente no ano passado. Para a Fazenda, a desoneração criou “distorções” no sistema tributário, em especial no financiamento da Previdência. A desoneração hoje é facultativa. Os setores com mais empresas desoneradas são transporte, construção de edifícios, varejo, serviços de tecnologia, obras de infraestrutura, vestuário e máquinas e equipamentos.
Em sua primeira entrevista como ministro da Fazenda, Henrique Meirelles já havia criticado as desonerações. “Podemos e vamos sim cortar despesas e privilégios daqueles que não precisam”, disse.
Fonte: Estadão.
Cba, 17/jun/16
Maria Prybicz

sexta-feira, 3 de junho de 2016

O UBER E A NOSSA ECONOMIA!

Como muitas coisas cultuadas pelos economistas, a precificação dinâmica, vez por outra atormenta os usuários do Uber, é um mecanismo a um só tempo eficiente e profundamente impopular. Do ponto de vista dos consumidores, uma tarifa dinâmica, que em condições normais já é motivo de aborrecimento, em situações de emergência assume o feitio de exploração ultrajante. Aumentos exacerbados nas tarifas geralmente provocam ondas de reclamação: em 2013, quando uma nevasca paralisou Nova York, várias celebridades, entre as quais o escritor Salman Rushdie, usaram as redes sociais para se queixar por terem pago valores de três dígitos para percorrer trajetos curtos. Alguns governos municipais chegaram a proibir a prática: foi o que fez Délhi em abril.
O Uber deve continuar utilizando sua tarifa dinâmica por ora, mas Jeff Schneider, um de seus especialistas em “aprendizado de máquina” (machine learning), recentemente deu a entender que a empresa pretende desenvolver sistemas baseados em tecnologia, e não em preços, para organizar a distribuição dos motoristas pelas ruas. Mesmo que a solução não dê certo, as autoridades municipais não precisam regulamentar nem proibir a precificação dinâmica para impedir que os consumidores sintam a mordida no bolso.
A precificação dinâmica consiste em calibragens frequentes de preço, a fim de ajustar a oferta à demanda. Algumas concessionárias de rodovias adotam o mecanismo para determinar o valor de seus pedágios (que aumenta ou diminui de acordo com o volume do tráfego, na tentativa de evitar que as estradas fiquem congestionadas). Ele também é usado para ajustar o preço em mercados de energia elétrica.
Lógica. E uma versão menos sofisticada – que dispensa a tecnologia – costuma entrar em ação após a ocorrência de desastres naturais, quando os comerciantes aumentam os preços de gêneros de primeira necessidade. Compreensivelmente, as pessoas detestam esse tipo de coisa. Tirando os economistas, não há quem não fique indignado com o fato de ter de pagar, pela mesma corrida, valores diferentes conforme o dia e a hora – e um preço invariavelmente mais salgado justo quando a necessidade é mais premente.
Apesar disso, as tarifas dinâmicas também demonstram a elegância com que os preços regulam o mercado. Quando a procura em determinada área se intensifica e o tempo de espera aumenta, a precificação dinâmica entra em ação: os usuários do Uber são informados de que a corrida custará determinado múltiplo do preço normal. As tarifas mais elevadas distribuem os veículos de acordo com a disposição das pessoas em abrir o bolso, favorecendo usuários mais abastados em alguns casos, mas também aqueles que não podem esperar até que os preços voltem ao nível normal, ou que têm menos alternativas para chegar a seu destino.
Cobrar mais caro de quem está sem alternativa soa a extorsão, mas o fato é que, na ausência da precificação dinâmica, esses usuários teriam menos chance de conseguir o transporte de que necessitam, já que não haveria incentivos para que todas as outras pessoas à procura de um Uber desistissem do serviço. Além disso, a precificação dinâmica também aumenta a oferta de veículos, pelo menos na área em que está ativa. Na expectativa de embolsar valores mais elevados do que o normal, um número maior de motoristas é incentivado a se dirigir aos locais onde a tarifa dinâmica está em ação.
Análise divulgada recentemente pelo Uber mostra como o sistema deve funcionar. Jonathan Hall e Cory Kendrick, respectivamente diretor de pesquisas econômicas e cientista de dados da companhia, em colaboração com Chris Nosko, da Universidade de Chicago, compararam dois casos de picos de demanda em Nova York. Em março de 2015, o sistema foi acionado após um show da cantora Ariana Grande, no Madison Square Garden, no centro de Manhattan. Terminado o espetáculo, o total de pessoas usando o aplicativo do Uber nessa área da cidade quadruplicou em apenas alguns minutos.
O algoritmo da empresa não tardou a aplicar a tarifa dinâmica. Com isso, o tempo médio de espera por um veículo aumentou só moderadamente, ao passo que a “taxa de atendimento” – o porcentual de solicitações de corridas que são atendidas – em momento algum ficou abaixo de 100%. Já no réveillon de 2014, o algoritmo do Uber parou de funcionar por 26 minutos, deixando Nova York sem a precificação dinâmica. O tempo médio de espera por um veículo da companhia, que era de dois minutos, saltou para cerca de oito minutos, ao passo que a taxa de atendimento ficou abaixo de 25%.
A comparação talvez exagere o potencial da tarifa dinâmica. Mesmo sem o auxílio de algoritmos, os taxistas sabem que vão se dar bem se estiverem por perto quando um show ou outro evento qualquer chega ao fim. É claro que, contando fazer algumas corridas a mais, o número de motoristas do Uber circulando pelas proximidades do Madison Square Garden quando o show de Ariana Grande terminou era maior do que o normal. No entanto, a possibilidade de faturar com o adicional tarifário também deve ter estimulado os motoristas a se antecipar e reagir preventivamente à alta da demanda. Ironicamente, quanto melhor for o funcionamento do algoritmo do Uber, menos a companhia precisará utilizá-lo, já que a reação preventiva dos motoristas tenderá a eliminar o desequilíbrios entre oferta e procura que motivam a adoção da precificação dinâmica.
Há indícios de que o Uber espera poder levar essa lógica à sua conclusão. Schneider diz que, recorrendo a engenhosas ferramentas de aprendizado de máquina, talvez seja possível processar a montanha de dados coletados pela empresa e determinar onde e quando a procura deve superar a oferta de veículos. Assim, não seria preciso esperar até que a demanda começasse a aumentar e os motoristas tampouco precisariam ficar atentos às agendas de shows. Essa capacidade de antecipar a demanda talvez até fosse de alguma valia para o Uber hoje: a empresa poderia informar aos motoristas onde os seus serviços tendem a ser mais requisitados. Mas, sem o incentivo da tarifa dinâmica, é pouco provável que eles reagissem com a mesma presteza.
Como escapar da tarifa dinâmica. Se o Uber continuará a ter um papel de destaque no futuro, e se manterá a precificação dinâmica, é algo que depende, em parte, de como os governos locais administrarão seus sistemas de transporte. Nos lugares onde as pessoas dispuserem de alternativas atraentes, sob a forma de um bom sistema público de transportes coletivos ou de concorrentes privados do Uber, os usuários serão mais sensíveis aos preços. Nessas condições, a precificação dinâmica não deve gerar muitos ganhos para o Uber (ou para seus motoristas). Mas, em lugares onde o transporte coletivo for precário, ou onde o Uber não enfrentar muitos concorrentes, a história será diferente. Em outras palavras, a precificação dinâmica só é realmente ultrajante onde as autoridades locais, com sua ineficiência, permitem que assim seja.
© 2016 THE ECONOMIST NEWSPAPER LIMITED. DIREITOS RESERVADOS. TRADUZIDO POR ALEXANDRE HUBNER, PUBLICADO SOB LICENÇA. O TEXTO ORIGINAL EM INGLÊS ESTÁ EM WWW.ECONOMIST.COM.
Ctba, 03/jun/16
Maria Prybicz

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