“A SOCIOECONOMIA DA AMAZÔNIA”
- Analisando o crescimento econômico da região amazônica – um dado importante a ser destacado – é o crescimento populacional. Vários aspectos mostram que houve crescimento significativo com relação aos demais estados da federação.
- Na década de 70, a população amazônica era de 8.193.636 milhões de habitantes, e em 1991 foi duplicado este número, verificou-se um crescimento médio de 3% em 1970 e 3,5% em 1980 – crescimentos estes superiores à média brasileira, que foi 2,5% e 1,9% para períodos respectivos (IBGE 2001) – o que nos parece que é óbvio, pelas características da região com imensas florestas e terras baratas ou até griladas gratuitamente, a fim de somente explorá-las sem sustentabilidade condizente!
As características de crescimento permaneceram até os anos 90. Na medida em que a taxa de crescimento médio da população amazônica, embora caísse para 2,4%, manteve-se sempre maior que a nacional, cuja trajetória continuou com certo declínio.
Com avanço da fronteira agrícola e a urbanização acentuada, principalmente às margens de rodovias como a Transamazônica e a Santarém-Cuiabá, as quais foram indispensáveis para o surgimento de núcleos, vilas, povoados e cidades, e também contribuiram para fazer o inchaço dos centros urbanos já existentes. - As taxas de crescimento da população urbana são muito superiores às da população rural.
Incentivos fiscais para região propiciaram uma invasão de grupos econômicos, para os quais as terras tornaram-se alternativas para valorização de ativos financeiros. – As mudanças econômicas regionais ocasionaram a substituição das tradicionais vias fluviais de penetração, por outras diversas. – A multiplicação de estradas vicinais e municipais facilitou tremendamente as correntes migratórias, num ritmo acelerado impressionante de crescimento populacional – o que naturalmente gerou impactos em todos os sentidos e ordem - destaque-se a falta de infra-estrutura e carência de serviços públicos ofertados pelo poder público negligente.
O desempenho econômico da Amazônia foi acelerado! – A participação do setor industrial foi essencial nesse desempenho! Região Norte passou de 12,4% na década de 1970, para 33,9% em 1980 – A atividade industrial da Zona Franca de Manaus, cujos incentivos fiscais tiveram grande participação neste contexto, no conjunto total do desenvolvimento da indústria eletroeletrônica nacional. – O fato da Região Amazônica, ter apresentado taxas de crescimento do PIB superiores às do Brasil, nos mostra o enorme potencial existente! - Mas, é importante salientar que indicadores sociais têm o propósito de mostrar às possíveis melhorias das condições de vida e bem-estar da população local, para que usufrua das riquezas geradas durante estas últimas quatro décadas!
– Dados referentes ao IDH, da Região Amazônica e no Brasil em geral, mostram que houve avanços no grau de desenvolvimento humano, mas foi somente em 2000 que todos os estados amazônicos, desfrutaram da condição de desenvolvimento humano médio. – IDH têm limitações. – Dados apontam inequivocamente que o significativo desempenho econômico da Região Amazônica, não conseguiu resolver a contento os problemas surgidos no meio social. Comprovadamente relacionados com educação, saneamento básico e saúde.
Referência: Braun, Mirian Beatriz Schneider e Silva, Christian Luiz da (A Economia Brasileira Por Economistas do Paraná- 2005)
Ctba, 26/jan/2009
Maria M. prybicz
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