quarta-feira, 17 de março de 2010

“ECONOMIA ROBÓTICA”

“A ERA ROBÓTICA TRANSFERIDA PARA O SER HUMANO”
“A escola profissional não deve se tornar uma incubadora de pequenos monstros, (meros robôs – todos precisam humanizar-se, diante de que os valores que estão invertidos com relação à essência humana transcendental – não chegaremos à conclusão prática na essência exigindo dos homens e/ou mulheres no sentido genérico, mais e mais horário de trabalho dedicado à produção contínua alienável, fazendo do operário um simples robô-mecânico sem emoções, transformando-o em máquina propriamente dita, isento de emoções, tirando-lhe todo humanismo inerente, conseqüência das atuais aberrações que diariamente nos deparamos em nossa sociedade – como falta de ética e caráter nas ações cotidianas e simples da vida em comum – deveremos entender que necessitamos do bem-estar comum da sociedade em suas relações homem versus mulher; pais versus filhos; mães versus filhos e irmãos versus irmãos dentro e fora da família no sentido amplo da nossa sociedade capitalista e/ou socialista tanto faz, desde que não percamos a qualidade da evolução humana conseguida com grandes esforços até aqui, não armando nossos corações para guerras internas e externas entre todos os humanos, não extraindo o bom senso, com excesso de obrigações e trabalho produtivo, tambem os princípios da boa convivência social civilizatória em tempos modernos – notadamente no que diz respeito à falta de lazer e ócio criativo – precisamos ser livres antes de tudo para pensarmos e sermos: criativos – inovadores - construtores das boas relações humanas acima de tudo, dentro e fora da Escola Profissionalizante, e escola não precisa ser àquela que castra e corta os sentimentos humanos – revoltantes ao ver dos nossos alunos).(Mª M.Prybicz), aridamente instruídos para um ofício, sem idéias gerais, sem cultura geral, sem alma, mas só com o olho certeiro e a mão firme. Mesmo através da cultura profissional é possível fazer com que surja da criança o homem, contanto que se trate de cultura educativa e não só informática, ou não só prática manual.”
“... para os industriais mesquinhamente burgueses, pode ser mais útil ter operários máquinas em vez de operários-homens. Mas o sacrifício a que o conjunto da coletividade se sujeita voluntariamente, com o objetivo de melhorar a si mesma e fazer brotar do seu seio os melhores e mais perfeitos homens, que a elevem ainda mais, devem espalhar-se positivamente pelo conjunto da coletividade não limitar-se apenas a uma categoria ou a uma classe.
- É um problema de direito e de força. “E o proletariado deve estar atento para não sofrer um novo abuso, além dos tantos que já sofre.”
- A educação, a cultura, a ampla organização do saber e da experiência significam a independência das massas em face dos intelectuais. A fase mais inteligente da luta contra o despotismo dos intelectuais de profissão e contra as competências por direito divino está constituída precisamente pelo empenho do sentido de intensificar a cultura, de aprofundar a consciência. E esse empenho não pode ser adiado para amanhã, para quando formos politicamente livres. Esse empenho é ele mesmo liberdade, estímulo para a ação. A consciência do próprio despreparo, o temor de fracassar diante do desafio da reconstrução, não será o mais férreo dos entraves à ação?”
- Antes de tudo é preciso considerar o fato de que nem o trabalho nem os conhecimentos constituem fins em si mesmos. Não se trata somente nem da ciência em si mesma, nem do trabalho em si mesmo, mas de algo mais geral, de exterior à ciência e ao trabalho, de algo que define claramente o lugar da ciência e do trabalho no sistema geral da educação.
(...) O principal é que o trabalho e os conhecimentos científicos tenham o mesmo objetivo, que a prática seja generalizada e sistematizada pela teoria, que a prática, afinal de contas, se baseie em leis teóricas.
(...) Não estabelecermos a relação necessária entre o trabalho e a ciência perdendo-nos nas sutilezas a respeito do ensino manual, ou considerando em si mesmas as condições teóricas dos trabalhos práticos. “Esta relação é a síntese natural entre a teoria e a prática: esta síntese é, de fato, facilmente acessível à inteligência das crianças, devendo-se basear em trabalhos que tenham uma precisa razão de ser e um claro caráter de utilidade social.”
“O objetivo fundamental da escola é, portanto, estudar a realidade atual, penetrá-la, viver nela. Isto não quer dizer, certamente, que a escola deva estudar as ruínas do passado: não, deve estudá-las e assim será feito, mas com a compreensão de que são apenas ruínas do passado e de que seu estudo deve ser iluminado à luz da realidade atual no sentido já indicado acima, à luz da luta travada contra o passado e da transformação da vida que deve levar à sua liquidação.
- Não basta estudar a realidade atual; o leitor dirá que toda e qualquer escola faz isto: a escola deve educar as crianças de acordo com as concepções, o espírito da realidade atual; esta deve invadir a escola, mas invadi-a de uma forma organizada; a escola deve viver no seio da realidade atual, adaptando-se a ela e reorganizando-a ativamente – isto nos permite formular certas deduções a respeito do caráter do ensino compreendido como um estudo da realidade atual”.
“Não é a aquisição de capacidades de direção, não é a tendência a formar homens superiores que dá a marca social de um tipo de escola. A marca social é dada pelo fato de que cada grupo social tem um tipo de escola próprio, destinado a perpetuar nestes estratos uma determinada função tradicional, dirigente ou instrumental. Se quer destruir esta trama, portanto, deve-se não multiplicar e hierarquizar os tipos de escola profissional, mas criar um tipo único de escola preparatória (primário-média) que conduza o jovem até os umbrais da escolha profissional, formando-o, durante este meio tempo, como pessoa capaz de pensar, de estudar, de dirigir ou de controlar quem dirige.”
Fonte: (GRAMSCI, A. Homens ou máquinas? Escritos Políticos, vol. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004. p. 76)
(PISTRAK, M. Fundamentos da Escola do Trabalho. São Paulo: Expressão Popular, 2000. p. 114 – 115).
Ctba, 17/mar/2010
Professora Maria Madalena Prybicz









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