terça-feira, 3 de novembro de 2009

“OPORTUNIDADE ECONÔMICA BRASILEIRA”

UNIVERSIDADE DE COLUMBIA (USA), VÊ OPORTUNIDADES E DESAFIOS PARA O BRASIL
- Hoje nos deparamos com a realidade nua e crua, em relação à falta de investimentos na educação (em todos os níveis), que não foram realizados como deveriam no passado! Agora, chega-se à conclusão que realmente o país é carente de mão-de-obra especializada técnica, e que a curto prazo, não está preparado para assumir tanta responsabilidade quanto às questões do pretróleo (indústria, etc.) ou outras questões relativas a infraestruturas inerentes. - A educação técnica foi levada ao descaso por muitos e muitos anos – deixando-a sucateada integralmente – reversão da situação pode levar bem mais tempo que imaginamos. (Mª M. Prybicz).

– Sempre se disse que o Brasil é o país do futuro, e sempre será. Mas o dito popular ficou ultrapassado. O futuro chegou para os brasileiros. Seu potencial está revelado no presente – afirmou na abertura da conferência Brasil and the Future (O Brasil e o Futuro), realizada em parceria entre a Universidade Columbia, o Jornal do Brasil e a Casa Brasil.
– Nos últimos 12 meses, realizamos conferências em associação com o Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT) e o Instituto de Empresa (IE) da Espanha. Em 2010, faremos eventos sobre os desafios e oportunidades do Brasil na Inglaterra, França e Suécia. Esta é à hora de debater e promover nosso país internacionalmente – acrescentou Troyjo.
O banqueiro alemão Dieter Kemp aplaudiu a iniciativa:
– Há tempos, estamos querendo fazer negócios com o Brasil, um ilustre desconhecido. Junto com a China, será o motor da economia do mundo emergente nos próximos 25 anos.
- Claudio Frischtak, ex-economista sênior do Banco Mundial, e Aloísio Araújo, professor-visitante da Universidade de Columbia, estabeleceram os precedentes da crise econômica globalizada e reforçaram a ideia de superação das dificuldades nos países emergentes – principalmente China, Índia e Brasil. Mas alertaram que as boas notícias vindas destas economias têm prazo de validade.
- No caso brasileiro, especificamente, Frischtak sugeriu uma guinada estratégica no modelo econômico. A chave para o sucesso no futuro estaria no melhor aproveitamento de seus recursos naturais e num novo esforço para incrementar o setor manufatureiro, principalmente aquele que lida com tecnologia verde. Frischtak acredita que a dependência das exportações apenas de commodities – aumentada no momento atual – acarretará sérios problemas a longo prazo.
– O Brasil produz 100 milhões de livros pedagógicos por ano – anunciou Niskier. – Mas um em cada dez brasileiros, acima de 15 anos, é analfabeto. Hoje, temos 60 milhões de crianças em escolas, o que corresponde a 33% da população. É preciso melhorar cada vez mais estes números.
- Niskier discorreu também sobre a história do preconceito contra profissionais técnicos no país e manifestou repúdio a esta ideia.
– Getulio Vargas, num documento que tornava oficial o incentivo às profissões técnicas, escreveu claramente que o setor estava destinado às classes menos privilegiadas. Este conceito não mudou muito desde então. O governo do presidente Lula, é preciso dizer, criou cem novos centros de treinamento técnico. É preciso fazer mais. Recentemente, ouvi de um empresário do setor energético que, caso falte mão de obra qualificada para a exploração das novas reservas de petróleo, devemos importar técnicos da Turquia, Índia e China. Isso, claro, é um absurdo. No Brasil se privilegiam demasiadamente as profissões de engenheiro, dentista, advogado e médico. São os doutores. Mas um país não depende apenas desses profissionais – concluiu Niskier.
- Para Janice Ellis, da ONG Alliance for International Education, “a questão educacional do Brasil é um gargalo maior do que a insuficiente estrutura logística”.
Fonte: JB Online
Ctba, 03/Nov/09
Prof.ª Mª M. Prybicz






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