terça-feira, 17 de novembro de 2009

"ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA"

RETORNO DE CAPITAL
- Intransigência das autoridades monetárias na manutenção dos juros primários em níveis elevados, as principais instituições financeiras internacionais triplicam o “retorno do capital” aplicado no Brasil. Indicadores fazem com que entendamos a compressão do volume de crédito concedido pelos bancos e da poupança financeira do nosso país.
- Existe o efeito e causa, das pressões ocorridas no mercado cambial que resulta na desvalorização do real frente ao dólar.
  Está havendo expressivos acréscimos dos saques realizados pelas empresas para compra de divisas estrangeiras, para pagamento de dívidas e/ou importações diversas – causando desconforto para empresas produtoras nacionais, com produtos similares existentes competindo e/ou perdendo competitividade – remessas feitas via a conta CC – 5(Carta Circular) do Banco Central que registra a saída de recursos de pessoas físicas e jurídicas poderão ser consultadas, no intuito de verificação e constatação do expressivo montante ali catalogado. As estatísticas são claras e os números deixam evidentes as evasões propriamente ditas.
- Será grande o desafio macroeconômico da administração financeira do nosso Presidente, articular de forma consistente as reformas monetaristas e heterodoxas, ora existentes em nossa economia.     
- Monetariamente, necessita-se da elevação de uma poupança interna, complementando com a estabilidade já existente da moeda e ajuste fiscal atrelado à queda estrutural dos juros – este dependendo principalmente das reformas estruturais (fiscal, tributária, previdenciária e trabalhista no que diz respeito, à flexibilização dos contratos de trabalho e/ou CLT, os quais, de acordo com a modernidade agressivamente impactante nas empresas, não se pode esperar mais – em detrimento de ver prejuízos onerosos para os próprios trabalhadores.
- Os mecanismos elaborados para arrecadar mais e mais, da Receita Federal, especialmente as categorias de incidência do Imposto de Renda (pessoa física), nos faz entender que a classe média trabalhadora, está sendo sempre pagando a conta. A frase de Celso Amorim retrata bem este pensamento: “o papel do governo é governar e não ficar adulando o mercado financeiro”, ou seja, contribuir para que a especulação se fortaleça – sem a crucial modificação soberana de prioridades, a fim de proteger a economia nacional – conseqüência essa que pode comprometer, por extensão, a inclusão social, tão almejada pela população – considerando o crescimento um objetivo e não um subproduto de planos econômicos. Os chamados “fundamentos econômicos” do país somente estarão fortalecidos com suas bases sólidas se a comunidade globalizada entender que o grande escopo a ser perseguido é o gradativo pagamento da dívida social acumulada em épocas passadas, com relação aos direitos sociais como à saúde, educação, moradias, etc. -, e bem-estar comum de todos, respaldados pela distribuição da renda de forma equânime e/ou isonômica.
Referência: Lourenço, Gilmar Mendes - Economia Brasileira – da Construção de Indústria à inserção na globalização.
Ctba, 17/Nov/09
Prof.ª Mª M. Prybicz

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