sábado, 28 de março de 2015

Todos pedem reformas para estimular investimentos a médio e longo prazos!

Segundo Costa, a taxa ideal de investimento para garantir o crescimento sustentável da economia brasileira ficaria entre 26% e 27% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país). No ano passado, porém, a taxa atingiu 19,7%. “O nível de investimentos está muito aquém das necessidades do país e da criação de empregos”, destacou.
Para o Cofecon, os ajustes fiscais são necessários, mas comprometem as expectativas de crescimento para este ano. Ele, no entanto, evitou apresentar alguma estimativa de quanto a economia brasileira deve crescer em 2015. “Neste momento, qualquer número não passa de especulação, até porque existem fatores fora do nosso controle interferindo na economia brasileira, como o câmbio”, disse.
Na avaliação do presidente do Cofecon, para compensar os efeitos recessivos do ajuste fiscal, o governo deveria encontrar maneiras de atrair os investimentos com recursos externos ou estimular o investimento privado. Segundo ele, a retomada dos investimentos ajudaria até a segurar a inflação. “O Brasil precisa criar condições econômicas que permitam novos investimentos. Sem investimentos, existe uma demanda reprimida que aparece na inflação [por falta de oferta]”, explica.
O ajuste fiscal em 2015, ressaltou Dantas, é difícil porque grande parte das despesas federais não podem ser cortadas, como os compromissos com a dívida pública e alguns repasses a estados e municípios. Segundo ele, o governo federal tem tomado decisões de política econômica de curto prazo, com base na conjuntura e sem prestar atenção no efeito das medidas no médio e no longo prazo. “Por isso, a retomada dos investimentos é tão importante”, conclui.
O presidente do Cofecon defendeu ainda a queda dos juros para estimular os investimentos. A redução dos juros, no entanto, deveria ocorrer de forma gradual para não pressionar a inflação. “Juros mais baixos incentivam o empresário a investir no setor produtivo e beneficiam as contas do governo porque reduzem o serviço da dívida pública, mas a calibragem deve ser feita com cuidado pelo Banco Central”, sugere.

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