segunda-feira, 15 de junho de 2015

O BRASIL E SEUS CONCORRENTES MUNDIAIS, NO QUE DIZ RESPEITO À EDUCAÇÃO!

Os outros países em desenvolvimento, nossos concorrentes no cenário mundial, estão investindo forte em educação e infraestrutura, e temo que não estamos seguindo os mesmos passos de nossos "companheiros" emergentes. Se nada mudar, no futuro poderemos apenas lamentar o nosso fracasso em não saber aproveitar esta nova oportunidade, e olhar à distância, nossos companheiros emergentes desfrutando dos resultados de décadas de investimentos pesados em capital humano, tecnologia, ciência e infraestrurura.
Falta Educação
Infelizmente, no quesito mais importante para se criar uma nação forte e desenvolvida, o Brasil caminha a passos de tartaruga. Segundo especialistas, a ser mantido o atual ritmo, o Brasil deverá atingir um nível educacional satisfatório em cinquenta anos. Os mais otimistas, falam em duas décadas. Para erradicar o analfabetismo, de acordo com estimativa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a previsão também é de vinte anos. Todos os especialistas são unânimes: se quisermos caminhar em direção a uma educação pública de qualidade, não poderemos seguir no ritmo atual. É preciso caminhar mais rápido.
O governo vem criando mecanismos para tentar medir a qualidade da educação no Brasil, e os números não são nada bons:

O Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb), criado pelo governo federal para funcionar como um termômetro do ensino público do país, divulgou em 07/2010 os resultados de sua edição 2009, revelando um retrato preocupante do setor. Numa escala de 0 a 10, apenas 5,7% das escolas conseguiram alcançar a nota 6. Nas séries iniciais do ensino fundamental (do primeiro ao quinto ano), a média ficou em 4,6 pontos, enquanto nas séries finais (do sexto ao nono), caiu para 4 pontos. No ensino médio, o cenário mais alarmante: 3,6 pontos.
Outro dado preocupante são os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), apontam para a grande diferença de qualidade entre escolas púplicas e privadas. Entre as 1000 melhores escolas do país, 91% são particulares. Entre as dez primeiras, apenas uma instituição pública. O dado espanta ainda mais quando se constata que o ensino público no Brasil atende a 86% dos estudantes.

Outro desafio da educação no Brasil é o alto índice de analfabetismo, que ainda figura entre os mais elevados do mundo: 11% da população acima de 15 anos não sabe ler e escrever adequadamente. O índice coloca o país em 9º lugar no ranking de analfabetismo da América Latina, atrás, entre outros, de Suriname (10,4%), Colômbia (7,2%), Chile (4,3%) e Argentina (2,8%). Não bastasse isso, cerca de 15% da população com idade entre 15 e 24 anos é considerada analfabeta funcional - ou seja, são pessoas que frequentaram a escola, mas conseguem apenas ler apenas textos curtos, como cartas, e lidar com números em operações simples, como o manuseio de dinheiro.

Entidades internacionais também apontam para a péssima qualidade do ensino no Brasil, como por exemplo o relatório da Unesco de 2010, mostrando que os  índices de repetência e abandono da escola no País são os mais elevados da América Latina.
Fonte: Unesco 2010
Ctba, 15/jun/15
Maria Prybicz

Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
Economista/Professora/Escritora de Blog e outros; Disciplina: Gestão de Negócios; - Autonomia em Consultorias em Geral.