sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

"ECONOMIA INDEXADA"


A INDEXAÇÃO DA ECONOMIA...
- A indexação, em economia, é um sistema de reajuste de preços, inclusive salários e aluguéis, de acordo com índices oficiais de variação dos preços. Em conjunturas inflacionárias, a indexação permite corrigir o valor real dos salários e aluguéis e demais preços da economia, reajustando-os com base na inflação passada. No entanto, a indexação automática pode realimentar a inflação futura.
  Mais de 40% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FIPE são de produtos ou serviços que, de alguma forma, levam em consideração aumentos da inflação passada em seus reajustes, formal ou informalmente. No caso do IPCA, o peso desses itens é de 46% e no IPC-Fipe é de 44%, apontam estudos das Tendências.
 - Neste ano, os preços carregam uma "herança maldita de 2010" num momento ruim como o atual, em que as commodities estão em alta. Isto é, a referência para os reajustes neste ano é o IPCA do ano passado, que atingiu 5,91%. Esse parâmetro é bem superior ao de 2010, que havia sido de 4,3%: a inflação acumulada em 2009.
 - O IPCA estimado em 5,2% para este ano, os preços dos serviços livres devem subir 7,7%, praticamente a mesma variação registrada em 2010 (7,6%) por causa da "herança maldita".
    O fechamento do IGP-M de fevereiro, não é possível dizer com certeza se o índice atingirá resultado próximo a 1%.  Até a segunda prévia de fevereiro, o indicador subiu 0,88%. "Temos que esperar para ver". 
* Um total de 47 milhões de aposentados e trabalhadores da ativa recebem salário mínimo.
* Os aposentados e pensionistas abrigados na Previdência Social que recebem o mínimo totalizam 18,7 milhões. Em valores, esse total significou um desembolso de R$ 10 bilhões em dezembro, com base no mínimo vigente naquele mês, de R$ 510.
* Acordo assinado entre sindicalistas e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006 criou uma política de valorização do mínimo que foi aplicada, mas não chegou a ser aprovada em lei pelo Congresso.
* A regra estipulada no acordo prevê correção pela inflação do ano anterior (pelo INPC) e pela variação do crescimento de economia (desempenho do Produto Interno Bruto) -- índice que corresponde ao ganho real.
* Para o cálculo de 2011, a regra foi desfavorável aos trabalhadores porque o PIB de 2009 teve variação negativa, como resultado da crise financeira internacional.
* Pelo mesmo acordo, em 2012, a previsão é favorável. O aumento deverá ser próximo a 13%, com crescimento do PIB em 2010 estimado em 7,5% e inflação ao redor de 5% em 2011. Deve atingir R$ 616.
* A equipe econômica do governo Dilma Rousseff se concentrou neste ano no cumprimento do acordo para fixar o mínimo em R$ 545, que incorpora o INPC de 6,47% sem ganho real e com arredondamentos. Também argumenta com a defesa da austeridade nas contas públicas e a necessidade de cortes de gastos.
IMPACTO ORÇAMENTÁRIO:
* Dados do Ministério da Fazenda mostram que para cada R$ 1 de aumento do salário mínimo, o impacto no Orçamento é de R$ 300 milhões -- cálculo que o governo se utiliza para defender sua posição.
Fonte: O Estado de São Paulo
Ctba, 18/fev/11
Maria Prybicz

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