quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

"ECONOMIA EM FOCO"

“CONTEMPORÂNEOS DA ECONOMIA”

Economistas contemporâneos que trataram das ligações entre a economia e outros ramos, Kenneth Boulding é geralmente citado como um dos que as resumiram com maior clareza e objetividade:

“Os problemas econômicos não têm contornos bem delineados. Eles se estendem perceptivelmente pela política pela sociologia e pela ética, assim como há questões políticas, sociológicas ou éticas que são envolvidas ou mesmo decorrentes de posturas econômicas. Não há exagero dizer que a resposta final às questões cruciais da economia encontra-se em algum outro campo. Ou que a resposta a outras questões humanas, formalmente tratadas em outras esferas das ciências sociais, passará necessariamente por alguma revisão do ordenamento real da vida econômica ou do conhecimento econômico”

- O caráter biunívoco das relações da economia com outros ramos do conhecimento social: Economia - Ética, Filosofia, Direito, Antropologia cultural, Psicologia, Sociologia, Política.
Esta concepção mais abrangente, os conflitos relacionados aos processos de produção, de acumulação de riqueza, de repartição, de difusão do bem-estar e da plena realização do bem-comum não se limita às soluções encontradas na área econômica. Também não se encontram, isoladamente, em quaisquer outros ramos das ciências sociais ou outros compartimentos pré-estabelecidos do conhecimento humano. Cada um dos módulos do conhecimento humano, social ou experimental, não passa de uma fração de um todo bem maior, constituídos por subconjuntos interdependentes, de soma unitária.
Sinteticamente, pode-se dizer que as interfaces da economia com outros ramos do conhecimento social decorrem de que as relações humanas e os problemas nelas implícitos ou delas decorrentes não são facilmente distinguidos e separáveis segundo níveis de referências rigorosamente pré-classificados. O referencial econômico deve ser visto apenas como uma abstração útil, para que se analisem aspectos específicos da luta humana pela sobrevivência, prosperidade, bem-estar individual e bem-comum. Ocorre, porém, que essa mesma luta não se esgota nos limites do que se convencionou chamar de relações econômicas. Vai muito adiante, abrangendo aspectos que dizem respeito à postura ético-religiosa, às formas de organização política, aos modos de relacionamento social, à estruturação da ordem jurídica, aos padrões das conquistas tecnológicas e científicas, às limitações impostas pelas condições do meio ambiente e, mais, à formação cultural e/ou étnica da sociedade.

- Polinômio: - produção-distribuição-dispêndio-acumulação (J.B.Say);
- Trinômio: - riqueza-pobreza-bem-estar (A.Marshall);
- Binômio: - crescimento-desenvolvimento (Kuznets);
- Trinômio: - recursos-necessidades-prioridades (L. Robbins).

“- Poderíamos acrescentar: - recursos naturais - meio ambiente -sustentabilidade social”.

Referências: Rossetti, José Paschoal, Introdução à Economia – Atlas 2003.

Ctba, 07/fev/09
Maria M. Prybicz.

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