quarta-feira, 8 de janeiro de 2014


REALIDADE NA AMÉRICA LATINA - Hoje vivemos em outro mundo. Mesmo no aspecto econômico, onde a globalização nos presenteou com um avalanche de crédito com baixas taxas de juros e uma onda de preços espetaculares para as matéria primas e alimentos. O México e a América Central, por sua associação comercial com os EUA, foram os que menos se beneficiaram desse clima favorável aos negócios, mas o conjunto cresceu a taxas inéditas. Nunca as condições do intercâmbio comercial entre exportações e importações foram mais favoráveis. Infelizmente há países que, inexplicavelmente, por seu voluntarismo econômico e sua agressividade política, não acabam de se estabilizar, como é o caso da Argentina, que comemorou 30 anos de democracia com uma sangrenta onda de saques. Tudo indica que esse eufórico momento irá se moderando, mas não se avizinham crises como as de 2008. O perigo está em que nossos países continuem dependendo de matérias primas. Inclusive o Brasil, que desde os anos 30 sonhou ser potência industrial, encontrou hoje na agricultura (especialmente a soja, impulsionada pela China) o maior fator de expansão. A necessidade de diversificar as exportações e as defasagens generalizadas na área da educação aparecem hoje como os desafios prioritários em toda a região. A pobreza se reduziu, mas a desigualdade permanece e se não se produzir uma melhora substantiva no nível de formação da nova geração, um novo gargalo frustrará a possibilidade de se alcançar o status de país desenvolvido que alguns -- como o Chile -- creem vislumbrar. Fonte: Julio María Sanguinetti, advogado e jornalista, foi presidente de Uruguai (1985-1990 e 1994-2000). Ctba, 08/jan/14. Maria Prybicz

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