O FUTURO E O PRESENTE DAS AÇÕES E DEBÊNTURES
Apesar da queda de 11,90% do Índice Bovespa no ano, um número razoável de fundos de ações está conseguindo não só se manter no azul como também superar o juro do CDI, de 4,53% até maio.
Segundo levantamento feito para o Valor pela consultoria Economática, de um total de 366 fundos de ações, 67 tinham ganhos até o mês passado. Desses, 16 acumulavam retornos acima do CDI. Alguns chegam a acumular rentabilidade de 22% apenas nos primeiros cinco meses de 2011.
Uma análise mais detalhada dos fundos com melhor rendimento mostra que são carteiras com algum foco especial. Os dois melhores são carteiras que aplicam apenas em papéis da operadora de cartões Cielo, e que foram criados na época da oferta de ações da empresa.
O terceiro melhor é de dividendos, que seleciona empresas que distribuem mais lucros aos acionistas. Em seguida aparecem vários fundos voltados para companhias elétricas e um de empresas de menor porte, as chamadas "small caps".
Mas há também fundos mais diversificados, onde o gestor é mais livre para escolher quais ações comprar. São, em geral, gestores mais agressivos, de bancos estrangeiros ou de casas independentes. É o caso do fundo BNY Mellon ARX Long Term, que acumula rentabilidade de 10,31% no ano até maio. Outros gestores que estão indo bem são Credit Suisse, Tarpon, Investidor Profissional e Guepardo.- A imensa maioria dos grandes portfólios, porém, é composta de fundos Petrobras e Vale. Dos 20 maiores, 13 são das duas empresas.Entre os maiores fundos de varejo dos grandes bancos e que não são ligados à Vale e Petrobras, mas têm um grande número de investidores, o destaque vai para o Itaú Ações, com R$ 855 milhões de patrimônio e 632 mil cotistas. A carteira, também com gestão ativa, perde 7,85% no ano e 0,78% em 12 meses. Outro fundo da casa, o Unibanco Blue Ações, com 709 mil cotistas e patrimônio de R$ 137 milhões, cai 9,05% no ano e 1,68% em 12 meses.O maior fundo de ações do Bradesco em patrimônio, o Bradesco FICFIA, com 805 mil cotistas e R$ 475 milhões, acumula perda de 7,58% no ano até maio e 0,11% em 12 meses. Já o maior do Banco do Brasil é um fundo de dividendos, com R$ 810 milhões e 32 mil cotistas. O fundo tem ganho de 4,11% no ano e 18,68% em 12 meses.
- Entre os fundos de varejo fora dos grandes bancos, destaque para o Banco Geração Futuro, com o Programado - patrimônio de R$ 740 milhões e 37 mil cotistas. Criado inicialmente para receber investidores dos inúmeros clubes da então corretora, o fundo perde 5,75% no ano e ganha 2,06% em 12 meses.
Fonte: Padrão Auditoria
Ctba, 21/jun/11
Maria Prybicz
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